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Sistema FAEMG retoma curso de Recuperação e Proteção de Nascentes


O Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos voltou a oferecer o curso de Recuperação e Proteção de Nascentes, após reformulação para atendimento à legislação ambiental vigente. O piloto foi promovido no município de Itapagipe, na última semana. Antes da paralisação, o treinamento esteve entre os três mais procurados pelos produtores rurais e chegou a formar 500 turmas por ano. Esta é uma ação integrada das Gerências de Formação Profissional Rural e Promoção Social, Pedagógica, de Sustentabilidade e de Assistência Técnica e Gerencial.

Sistema FAEMG retoma curso de Recuperação e Proteção de Nascentes - SENAR MINAS

A retomada veio com mudanças na metodologia da oferta do curso. A gerente de Sustentabilidade do Sistema FAEMG, Mariana Pereira Ramos, explica que agora o treinamento só pode ser ministrado dentro de uma propriedade de, no máximo, quatro módulos fiscais, com produtores interessados em fazer captação da água da nascente. Além disso, o agendamento é feito após a emissão da simples declaração junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF). É necessário medir a vazão da água da nascente que será recuperada e apresentar os documentos obrigatórios para a emissão da simples declaração, que incluem cópia do RG e CPF, recibo do Cadastro Ambiental Rural e certidão de cadastro de uso insignificante de recurso hídrico.

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“O produtor precisa se organizar com antecedência para receber o curso em sua propriedade. Essas mudanças visam atender a legislação ambiental vigente e as exigências apresentadas pelos órgãos responsáveis do Estado para a realização dos eventos de recuperação de nascentes”, explicou a gerente.

Atualização

Antes da retomada, 45 instrutores, técnicos de campo, analistas e gerentes do Sistema FAEMG participaram de uma atualização. O evento contou com as participações das gerentes Liziana Rodrigues (Formação Profissional Rural e Promoção Social), Cristiane Trigueiro (Pedagógica) e Mariana Ramos (Sustentabilidade).

“Este encontro foi importante para manter a qualidade dos nossos eventos, atualizando os participantes em relação ao conteúdo técnico, em especial sobre a legislação ambiental. Ações como essa beneficiam também o produtor rural, que poderá contar com a assessoria de profissionais devidamente habilitados que possam melhor orientá-lo sobre as várias demandas ambientais”, destacou a gerente Pedagógica, Cristiane Trigueiro. 

Curso Piloto

O piloto da nova versão do curso, com carga horária de 24h, foi promovido no município de Itapagipe, em uma propriedade assistida pelo FIP Paisagens Rurais, e contou com a participação de um grupo de 14 técnicos de campo do projeto. O treinamento foi ministrado pelo instrutor Carlos Barbieri Coutinho e também contou com as presenças do coordenador do Projeto FIP Paisagens em Minas Gerais, o analista técnico Ricardo Tuller, e do analista de Sustentabilidade, Guilherme Oliveira.

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“O curso vai ao encontro dos objetivos do FIP Paisagens, que é a recuperação de pastagens degradadas e áreas com passivos ambientais em reserva legal e APPs. Os técnicos participaram bastante e vão levar o aprendizado para as propriedades atendidas. Com a retomada do curso, vamos acrescentar esta solicitação de documentos para intervenção nas nascentes, que é feita com antecedência no órgão ambiental”, disse o coordenador.

O gerente regional do Sistema FAEMG em Uberaba, Caio Oliveira, ressaltou que atualmente mais de 1.600 propriedades são atendidas pelo Projeto FIP Paisagens no Triângulo Mineiro. “Isso mostra o potencial que temos para a promoção do curso em nossa região, para os produtores atendidos pelo FIP e os demais interessados em recuperar suas nascentes”, concluiu. 

Fonte: CNA Brasil

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236 milhões: Juiz homologa plano de recuperação judicial de grupo Agro que atua em Nova Mutum e São José

O juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, homologou o plano de recuperação judicial do Grupo Bergamasco, abrindo caminho para a renegociação de R$ 236 milhões em dívidas. A decisão foi proferida nesta terça-feira (14), após a aprovação quase unânime dos credores quanto à proposta apresentada pela empresa.

De acordo com o magistrado, o plano recebeu o aval de todas as classes de credores, com aprovação unânime entre os detentores de garantia real e também entre as micro e pequenas empresas. “À luz da regularidade formal do ajuste, da inexistência de óbices jurídicos e da sua evidente utilidade para a preservação da atividade empresarial, homologo, para os devidos efeitos legais, o acordo firmado pelo Grupo Bergamasco”, destacou o juiz na decisão.

O pedido de recuperação judicial foi deferido em 2023 pela mesma vara. O Grupo Bergamasco é formado pela família de produtores rurais José Osmar Bergamasco, Jefferson C. Bergamasco e Jacson C. Bergamasco, que desenvolvem atividades nos municípios de Nova Mutum, Tapurah e São José do Rio Claro, com foco na produção de soja, milho e criação de gado de corte.

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Com mais de 50 anos de atuação no agronegócio, o grupo atualmente emprega 36 funcionários diretos. No pedido de recuperação, o grupo citou uma série de fatores que afetaram sua capacidade financeira, incluindo a baixa produtividade causada pela escassez de chuvas em 2017. A alta das taxas de juros, os impactos econômicos da pandemia e ainda um incêndio acidental em uma plantação, durante o qual José Bergamasco teve 50% do corpo queimado ao tentar conter as chamas.

Esses eventos sucessivos comprometeram a produção e a geração de receita, levando o grupo a buscar reestruturação judicial para evitar a falência e manter as atividades agrícolas.

Os produtores chegaram a Mato Grosso em 1995, quando adquiriram 5 mil hectares no município de Tapurah, batizando a área de Fazenda Três Irmãos. No ano seguinte, passaram a arrendar a Fazenda Colibri, com 380 hectares em Nova Mutum, ampliando a produção. Em 2003, após a dissolução de uma sociedade, o grupo consolidou 1,7 mil hectares em Tapurah, onde mantinha cultivo agrícola e criação de gado de corte. Em 2017, compraram a Fazenda Mata Azul, em Nova Mutum, com 1.830 hectares de área total, sendo 1.450 destinados ao plantio, e chegaram a adquirir outras duas propriedades rurais.

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Já em 2018, o grupo arrendou mais duas áreas em São José do Rio Claro — uma de 5 mil hectares para lavoura (Fazenda Vista Alegre) e outra de 1,2 mil hectares para pecuária. Com o agravamento da crise, o grupo foi obrigado a vender a Fazenda Mata Azul, em 2021, para quitar dívidas de curto prazo.

Atualmente com dívidas que somam R$ 236 milhões, o Grupo Bergamasco busca, por meio da recuperação judicial, reestruturar seu passivo e garantir a continuidade das operações.

O plano aprovado e homologado pelo juiz permite a negociação direta com os credores e dá fôlego financeiro para que o grupo retome o equilíbrio econômico e preserve os empregos e a produção nos municípios onde atua.

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