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Agro Notícias

Atualização do Andamento da Safra: Soja, Trigo e Milho em Setembro de 2024

O Informativo da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) referente ao mês de setembro de 2024 apresenta um panorama do andamento das safras de soja, trigo e milho no Brasil. A semeadura da safra de soja 2024/25 teve início em setembro, alcançando 5,1% até a primeira semana de outubro, comparado a 10,1% no mesmo período do ano anterior. Este começo foi marcado por incertezas climáticas, uma vez que uma grande parte do país enfrentava um déficit hídrico. No entanto, com a chegada das chuvas, o plantio foi finalmente viabilizado.

As exportações de soja estão em um bom ritmo. Até setembro, foram exportadas 89,01 milhões de toneladas, um incremento em relação às 86,97 milhões de toneladas do mesmo período do ano passado. Considerando o line-up de outubro, mais de 93 milhões de toneladas estão previstas para exportação, volume que se aproxima da estimativa de 99 milhões de toneladas até o final do ano. A China continua a ser o principal destino das exportações, com 67,7 milhões de toneladas enviadas até agosto, representando 76% do volume total.

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No que se refere ao trigo, a colheita foi iniciada, alcançando 36,7% do total, contra 41% do ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) estima uma produção de 8,8 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 8,8% em relação ao ano passado, que foi de 8,1 milhões de toneladas. Contudo, o Departamento de Economia Rural (DERAL) prevê uma quebra de 32% na produção de trigo no Estado do Paraná, com uma produção total estimada em 2,58 milhões de toneladas, comparada às 3,8 milhões de toneladas inicialmente previstas. Essa redução é atribuída à severa seca e às geadas que afetaram o estado durante o inverno. No Paraná, a colheita atingiu 62% na primeira semana de outubro.

Em relação ao milho, a colheita da safra 2023/24 foi concluída, enquanto a semeadura da 1ª safra da safra 2024/25 começou, alcançando 25,9% até a primeira semana de outubro, mantendo um ritmo similar ao do ano anterior.

A colheita da safra americana também avança em bom ritmo. A colheita de soja atingiu 47% na primeira semana de outubro, em comparação aos 37% do mesmo período do ano passado. As condições das lavouras de soja são avaliadas em 51% como boas/excelentes, 31% regulares e 18% ruins/muito ruins. A colheita de milho também avança em um ritmo semelhante ao do ano passado, atingindo 30% na primeira semana de outubro, com condições das lavouras classificadas em 53% boas/excelentes, 29% regulares e 18% ruins/muito ruins.

Fonte: TVNoticias
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236 milhões: Juiz homologa plano de recuperação judicial de grupo Agro que atua em Nova Mutum e São José

O juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, homologou o plano de recuperação judicial do Grupo Bergamasco, abrindo caminho para a renegociação de R$ 236 milhões em dívidas. A decisão foi proferida nesta terça-feira (14), após a aprovação quase unânime dos credores quanto à proposta apresentada pela empresa.

De acordo com o magistrado, o plano recebeu o aval de todas as classes de credores, com aprovação unânime entre os detentores de garantia real e também entre as micro e pequenas empresas. “À luz da regularidade formal do ajuste, da inexistência de óbices jurídicos e da sua evidente utilidade para a preservação da atividade empresarial, homologo, para os devidos efeitos legais, o acordo firmado pelo Grupo Bergamasco”, destacou o juiz na decisão.

O pedido de recuperação judicial foi deferido em 2023 pela mesma vara. O Grupo Bergamasco é formado pela família de produtores rurais José Osmar Bergamasco, Jefferson C. Bergamasco e Jacson C. Bergamasco, que desenvolvem atividades nos municípios de Nova Mutum, Tapurah e São José do Rio Claro, com foco na produção de soja, milho e criação de gado de corte.

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Com mais de 50 anos de atuação no agronegócio, o grupo atualmente emprega 36 funcionários diretos. No pedido de recuperação, o grupo citou uma série de fatores que afetaram sua capacidade financeira, incluindo a baixa produtividade causada pela escassez de chuvas em 2017. A alta das taxas de juros, os impactos econômicos da pandemia e ainda um incêndio acidental em uma plantação, durante o qual José Bergamasco teve 50% do corpo queimado ao tentar conter as chamas.

Esses eventos sucessivos comprometeram a produção e a geração de receita, levando o grupo a buscar reestruturação judicial para evitar a falência e manter as atividades agrícolas.

Os produtores chegaram a Mato Grosso em 1995, quando adquiriram 5 mil hectares no município de Tapurah, batizando a área de Fazenda Três Irmãos. No ano seguinte, passaram a arrendar a Fazenda Colibri, com 380 hectares em Nova Mutum, ampliando a produção. Em 2003, após a dissolução de uma sociedade, o grupo consolidou 1,7 mil hectares em Tapurah, onde mantinha cultivo agrícola e criação de gado de corte. Em 2017, compraram a Fazenda Mata Azul, em Nova Mutum, com 1.830 hectares de área total, sendo 1.450 destinados ao plantio, e chegaram a adquirir outras duas propriedades rurais.

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Já em 2018, o grupo arrendou mais duas áreas em São José do Rio Claro — uma de 5 mil hectares para lavoura (Fazenda Vista Alegre) e outra de 1,2 mil hectares para pecuária. Com o agravamento da crise, o grupo foi obrigado a vender a Fazenda Mata Azul, em 2021, para quitar dívidas de curto prazo.

Atualmente com dívidas que somam R$ 236 milhões, o Grupo Bergamasco busca, por meio da recuperação judicial, reestruturar seu passivo e garantir a continuidade das operações.

O plano aprovado e homologado pelo juiz permite a negociação direta com os credores e dá fôlego financeiro para que o grupo retome o equilíbrio econômico e preserve os empregos e a produção nos municípios onde atua.

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