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Justiça proíbe a eutanásia de animais de rua com leishmaniose em Cuiabá

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A Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá determinou que a Prefeitura de Cuiabá pare de praticar, de forma desnecessária, a eutanásia em animais diagnosticados com leishmaniose no Centro de Controle de Zoonoses (CZC) da capital.

Além disso, o município terá 30 dias para recolher os animais em situação de vulnerabilidades na cidade, conforme decisão dada na segunda-feira (17). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a pasta ainda não foi notificada da decisão, mas que deve cumpri-la.

A ação contra a prefeitura foi protocolada em julho deste ano pela 15º Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Cuiabá. Segundo o promotor de Justiça Gerson Barbosa, a medida se fez desnecessária após investigações identificarem as más condições dos animais no Centro de Zoonozes e a falta de políticas públicas voltadas para os animais abandonados na capital.

Segundo trecho da denúncia do Ministério Público, em razão da precariedade daquele local, inúmeros animais podem estar sendo sacrificados por motivos desnecessários. Entidades e pelos protetores independentes também denunciaram que os servidores do Centro de Zoonoses telefonam ameaçando sacrificar animais caso eles não fossem retirados para o tratamento, “o que não dá opção aos protetores a não ser recolher esses animais e tratá-los por seus próprios meios”.

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Sobre as instalações do CCZ, o inquérito afirmava que encontram-se em precário estado de conservação e manutenção, inclusive, apresentando também funcionamento deficiente, tendo sido relatada falta de medicamentos e de carrocinha para a captura de animais domésticos.

A decisão judicial que condena a prefeitura é do  juiz Rodrigo Roberto Curvo, da Vara Especializada do Meio Ambiente de Cuiabá. O magistrado argumenta que a Constituição Federal dispõe sobre a proteção dos animais contra os maus tratos e abandono, incumbindo ao poder público a obrigação de zelar pelos animais.

O magistrado defendeu ainda que a responsabilidade é da prefeitura. “A morte do animal somente será necessária por motivo de contaminação ou em fase terminal, sendo ela feita de forma instantânea, indolor e não deve gerar angústia no animal”.

Sobre a eutanásia dos animais com leishmaniose, a decisão afirma que, segundo uma resolução do Conselho Federal de Medicina Veterinária, o sacrifício só é permitido “quando constituir ameaça à saúde pública, risco à fauna nativa e ao meio ambiente e como forma de aliviar dor ou sofrimento dos animais”.

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O magistrado determina que a prefeitura adote as providências necessárias para o recolhimento, atendimento e tratamento médico-veterinário dos animais abandonados em vias públicas que forem vítimas de atropelamento, maus tratos ou que se encontrem em situação de extrema vulnerabilidade, no prazo de 30 dias, bem como para que se abstenha de praticar a eutanásia em animais diagnosticados com leishmaniose visceral, promovendo o tratamento adequado desses animais.

No campus da UFMT, em Cuiabá, por exemplo, é grande o número de animais abandonados. “Eles [pessoas] deixam de ver como uma vida e vão deixando, porque acham que vão deixar em qualquer lugar que alguém vai cuidar”, afirmou a bióloga Helen Aguiar.

O trabalho que a prefeitura deve desempenhar deve ajudar as ONGs e associação que abrigam animais. Na ONG Opa Cuiabá, por exemplo, o espaço já não cabe mais nenhum animal. São mais de 200 animais. “O espaço é cedido. A dona do prédio já pediu e não sabemos para onde vamos levar esses animais que estão aqui”, disse a coordenador da instituição Michele Scopel.

G1 MT

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Águas de Paranatinga assume operação do sistema de esgotamento sanitário do município

Empresa está comprometida em atingir 70% de cobertura de esgoto até 2030

A Águas de Paranatinga iniciou em setembro a operação do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) do município, em conformidade com o contrato de concessão vigente. Com investimento previsto de aproximadamente R$ 23,8 milhões nos próximos quatro anos, a empresa pretende ampliar significativamente o acesso ao saneamento básico — serviço essencial para a saúde pública e a qualidade de vida da população. Presente em Paranatinga desde 2015, a concessionária já é responsável pela captação, tratamento e distribuição de água potável. Agora, assume também a coleta e o tratamento do esgoto sanitário, que atualmente atende apenas 20% da população urbana. Segundo Arildo Viana, diretor-presidente da Águas de Paranatinga, o novo acordo firmado com a Prefeitura Municipal, com mediação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso, representa um avanço na qualidade dos serviços. “Estamos ansiosos para contribuir com a transformação do saneamento em Paranatinga, pois sabemos o impacto direto que isso tem na saúde, educação e bem-estar da população”, afirmou. As obras de expansão da rede de esgoto estão previstas para iniciar ainda este ano, com melhorias na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), ampliação da rede coletora e instalação de novas conexões. A empresa também disponibilizará equipes locais para manutenção diária e caminhões hidrojato para desobstrução da rede. Como medida complementar, foi firmado o Termo de Compromisso Ambiental (TCA), publicado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), que define diretrizes técnicas e ambientais para a operação e expansão do sistema. O TCA estabelece, entre outros pontos, o cumprimento de parâmetros de qualidade no tratamento de efluentes, a apresentação de planos de monitoramento e operação, bem como a responsabilidade técnica de profissionais devidamente habilitados. A cobrança pelo serviço de esgoto será iniciada para os imóveis já conectados à rede coletora, com tarifa correspondente a 90% do valor da água. Usuários cadastrados no CadÚnico e beneficiários da Tarifa Social terão direito a 50% de desconto. Atualmente, cerca de 6 mil pessoas em Paranatinga estão aptas a receber esse benefício. Com o início da operação, a Águas de Paranatinga dará prioridade à recuperação das Estações Elevatórias de Esgoto, com o objetivo de reduzir os extravasamentos — uma das principais queixas da população. “Nosso foco inicial será regularizar a infraestrutura existente, para depois expandir a rede para outros bairros”, explicou Letícia Yule, gerente de operações da empresa.

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