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Exportações do Agronegócio em Minas Gerais alcançam US$ 8,2 bilhões em 2023

De janeiro a julho deste ano, as exportações do agronegócio mineiro totalizaram US$ 8,2 bilhões, com notáveis aumentos em setores-chave, segundo levantamento do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

O segmento de produtos florestais registrou um crescimento impressionante de 45% em comparação com o mesmo período de 2022, atingindo US$ 677,4 milhões em receita. O complexo sucroalcooleiro também teve um aumento significativo de 36,2%, alcançando US$ 826,4 milhões em receita.

O setor de produtos florestais enviou mais de 1 milhão de toneladas de produtos (celulose, madeira, papel, borracha natural e gomas naturais) para o exterior, um aumento de 22,6% em relação ao ano anterior. O complexo sucroalcooleiro exportou 1,8 milhão de toneladas, com um aumento de 10,8%.

A celulose liderou as vendas internacionais de produtos florestais, representando 98% dos envios, com alta demanda, especialmente da China.

No complexo sucroalcooleiro, o açúcar foi o produto de destaque, gerando US$ 749,4 milhões em receita, seguido pelo álcool, com US$ 74 milhões.

No entanto, o faturamento total das exportações agrícolas de Minas Gerais no período caiu 9,7% em comparação com 2022, devido a uma redução de 17,4% no preço médio total das commodities no mercado global. Os produtos que mais perderam valor foram café, complexo soja e carnes.

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O café, um pilar da agricultura mineira, gerou US$ 2,9 bilhões em receita, mas teve uma queda de 25,4% na receita e 21,4% no volume em relação ao ano anterior. Espera-se uma recuperação no segundo semestre com o fim da colheita.

As exportações de soja foram recordes, atingindo 4,7 milhões de toneladas e gerando US$ 2,6 bilhões em receita, embora tenham ocorrido pequenas quedas nos preços de alguns produtos.

O segmento de carnes teve um declínio significativo nas exportações, principalmente devido à diminuição das compras da China, que é um importante mercado. As exportações de carne de frango se mantiveram estáveis, enquanto a carne suína teve um aumento notável.

O setor agrícola representou quase 36% das exportações totais de Minas Gerais nos primeiros sete meses de 2023, com um crescimento de 9,4% em volume. Os principais destinos dos produtos agropecuários do estado foram China, Estados Unidos, Alemanha, Itália e Japão.

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Em julho, as exportações alcançaram US$ 1 bilhão, com 1,2 milhão de toneladas enviadas para o exterior.

Fonte: Pensar Agro

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236 milhões: Juiz homologa plano de recuperação judicial de grupo Agro que atua em Nova Mutum e São José

O juiz Márcio Aparecido Guedes, da 1ª Vara Cível de Cuiabá, homologou o plano de recuperação judicial do Grupo Bergamasco, abrindo caminho para a renegociação de R$ 236 milhões em dívidas. A decisão foi proferida nesta terça-feira (14), após a aprovação quase unânime dos credores quanto à proposta apresentada pela empresa.

De acordo com o magistrado, o plano recebeu o aval de todas as classes de credores, com aprovação unânime entre os detentores de garantia real e também entre as micro e pequenas empresas. “À luz da regularidade formal do ajuste, da inexistência de óbices jurídicos e da sua evidente utilidade para a preservação da atividade empresarial, homologo, para os devidos efeitos legais, o acordo firmado pelo Grupo Bergamasco”, destacou o juiz na decisão.

O pedido de recuperação judicial foi deferido em 2023 pela mesma vara. O Grupo Bergamasco é formado pela família de produtores rurais José Osmar Bergamasco, Jefferson C. Bergamasco e Jacson C. Bergamasco, que desenvolvem atividades nos municípios de Nova Mutum, Tapurah e São José do Rio Claro, com foco na produção de soja, milho e criação de gado de corte.

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Com mais de 50 anos de atuação no agronegócio, o grupo atualmente emprega 36 funcionários diretos. No pedido de recuperação, o grupo citou uma série de fatores que afetaram sua capacidade financeira, incluindo a baixa produtividade causada pela escassez de chuvas em 2017. A alta das taxas de juros, os impactos econômicos da pandemia e ainda um incêndio acidental em uma plantação, durante o qual José Bergamasco teve 50% do corpo queimado ao tentar conter as chamas.

Esses eventos sucessivos comprometeram a produção e a geração de receita, levando o grupo a buscar reestruturação judicial para evitar a falência e manter as atividades agrícolas.

Os produtores chegaram a Mato Grosso em 1995, quando adquiriram 5 mil hectares no município de Tapurah, batizando a área de Fazenda Três Irmãos. No ano seguinte, passaram a arrendar a Fazenda Colibri, com 380 hectares em Nova Mutum, ampliando a produção. Em 2003, após a dissolução de uma sociedade, o grupo consolidou 1,7 mil hectares em Tapurah, onde mantinha cultivo agrícola e criação de gado de corte. Em 2017, compraram a Fazenda Mata Azul, em Nova Mutum, com 1.830 hectares de área total, sendo 1.450 destinados ao plantio, e chegaram a adquirir outras duas propriedades rurais.

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Já em 2018, o grupo arrendou mais duas áreas em São José do Rio Claro — uma de 5 mil hectares para lavoura (Fazenda Vista Alegre) e outra de 1,2 mil hectares para pecuária. Com o agravamento da crise, o grupo foi obrigado a vender a Fazenda Mata Azul, em 2021, para quitar dívidas de curto prazo.

Atualmente com dívidas que somam R$ 236 milhões, o Grupo Bergamasco busca, por meio da recuperação judicial, reestruturar seu passivo e garantir a continuidade das operações.

O plano aprovado e homologado pelo juiz permite a negociação direta com os credores e dá fôlego financeiro para que o grupo retome o equilíbrio econômico e preserve os empregos e a produção nos municípios onde atua.

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