Agro Notícias
Grãos e carnes de MT alimentaram 275 milhões de pessoas no mundo, aponta FIEMT
É na agroindústria que está o novo salto de desenvolvimento econômico de Mato Grosso. As terras férteis e a expansão industrial cada vez mais reforçam a vocação econômica mato-grossense na produção de alimentos. Nos últimos nove anos, o volume produzido de carne e grãos mais que dobrou.
Em 2022, os grãos e a carnes produzidos no estado alimentaram 275 milhões de pessoas, ou seja, 3,5% da população mundial, de acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec MT). Há duas décadas, Mato Grosso detém o maior rebanho bovino do país. Atualmente, são 34,4 milhões de cabeças, o equivalente a 15% da criação nacional.
Além de liderar a produção, o estado também é o maior exportador de carne bovina do Brasil. No ano passado, de acordo com dados compilados pela área de Internacionalização do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), foram embarcadas 450 mil toneladas para cerca de 80 países, o equivalente a 22,27% da participação nacional, que rederam US$ 2,1 bilhões.
A projeção é de aumento nos próximos anos, já que em março o governo chinês habilitou seis novas plantas frigoríficas. Agora, 14 unidades, entre elas de bovinos, suínos e aves, podem exportar para o país asiático.
Além disso, o grupo JBS/Friboi retomou as atividades em Diamantino, e com R$ 300 milhões em investimento e capacidade de abate de 3,6 mil cabeças de gado por dia, transformou o frigorífico no maior da América Latina.
“Além da abertura de novos mercados é preciso agregar valor à nossa carne que é de extrema qualidade. O setor frigorífico é grande gerador de emprego e renda e tem alto poder de desenvolver as economias regionais”, afirma Silvio Rangel, presidente do Sistema Fiemt.
A indústria é o setor que mais gera riqueza no país. A cada real produzido por ela, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Levantamento do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt mostra que Mato Grosso tem 89 frigoríficos e no país é o estado que mais gera empregos no setor. São 23 mil funcionários, o equivalente a 18% dos mais de 130 mil profissionais que atuam em 1.098 estabelecimentos frigoríficos no Brasil.
Carne sustentável
Alguns mercados, em especial o da União Europeia, aplicam diversas restrições relacionadas aos critérios socioambientais de produção. Para isso, as indústrias estruturaram equipes internas para garantir que toda sua cadeia de fornecimento esteja em conformidade.
“Temos preocupação crescente com a rastreabilidade bovina e atuado juntos às indústrias na adoção de práticas que permitam acompanhar todas as etapas, desde a criação até o produto no mercado”, afirma Paulo Belicanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso.
Diversificação
Com abundância de grãos para fabricação de ração altamente protéica, Mato Grosso também se destaca na produção e exportação de carnes de aves e suínas. Em 2023, a exportação de carne suína teve acréscimo, comparada ao ano passado, de 44% em volume. Foram embarcadas 31,1 mil toneladas, que representam aumento de receita em 43,2%, alcançando US$ 61,3 milhões. Os maiores compradores são Hong Kong, China, Vietnã e Angola.
A maioria da produção de carne suína está concentrada no Médio-norte mato-grossense. Em 2022, de acordo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o estado produziu 269 milhões de toneladas de carne suína, sendo que 59% foram destinadas para outros estados, 29% para consumo interno e apenas 12% para venda internacional. Atualmente, o rebanho é de 3,1 milhões de animais.
No mesmo período, a exportação de aves mato-grossense cresceu 22,94%, atingindo 113 mil toneladas no ano passado. A receita obtida aumentou 16,88%, chegando a US$ 225 milhões. O Japão é o principal consumidor, seguido por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, China e Iêmen.
Conforme a Associação Mato-grossense de Avicultura (Amav), o estado possuiu cinco plantas frigoríficas de aves. Somente em 2023, foram abatidos 96 milhões de animais, com média de 1,8 quilogramas cada. “No ciclo mensal, produzimos 15 milhões de aves de corte, o equivalente a 180 milhões de animais anualmente”, afirma Lindomar Rodrigues, diretor-executivo da Amav.
Em Nova Marilândia, a 252 km de Cuiabá, o grupo União Avícola deve investir R$ 180 milhões para aumentar a produção e ampliar a estrutura. Segundo Isabelitha Peron, diretora da empresa, com foco no mercado islâmico e doméstico, a instalação de novos equipamentos e tecnologias ampliará a capacidade de abate de 140 mil para 200 mil aves por dia.
Rastreabilidade
As indústrias realizam verificações socioambientais de seus fornecedores de gado e, ao identificar irregularidades, interrompem a compra de animais dessas propriedades. O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), implementou o Programa de Reinserção e Monitoramento (Prem) para auxiliar na regularização do produtor que está bloqueado no sistema de compras dos frigoríficos.
“Essa é uma importante ferramenta destinada ao monitoramento de áreas ilegalmente desmatadas nas propriedades, permitindo que o produtor possa evidenciar todo o seu esforço na restauração dessas áreas marcadas pelo desmatamento ilegal”, explica Caio Penido, presidente do Imac.
Instituto Senai de Tecnologia contribui com a qualidade da carne de Mato Grosso
O serviço de análise laboratorial de alimentos é uma área focada no controle e garantia da qualidade dos processos produtivos industriais para garantir o padrão dos produtos e a confiabilidade dos dados. Você já parou para pensar em como a carne que chega à sua casa percorre um longo caminho até estar pronta para o consumo? A rastreabilidade garante a segurança do consumidor e desempenha um papel fundamental para a indústria. Com o rastreio, é possível acompanhar o histórico de um produto do campo até o seu prato.
Mais benefícios da metrologia para rastreabilidade:
— Processamento seguro de informações;
— Agilidade e eficiência dos processos: menos burocracia e mais produtividade;
— Agilidade nos processos internos e gestão do ponto de venda;
— Melhoria da oferta de produtos identificados e rastreáveis;
— Precisão no gerenciamento de estoques e reposição contínua;
— Eliminação de adulteração ou falsificação de produtos: redução/eliminação de erros.


Agro Notícias
MT promove carne bovina em feiras internacionais na Bolívia e no Peru
Mato Grosso começa a divulgar, a partir desta sexta-feira (19), a carne bovina produzida no estado em duas importantes feiras internacionais, na Bolívia e no Peru. Entre as ações programadas estão reuniões com potenciais importadores da proteína animal e a promoção dos benefícios de ampliar o comércio com os dois países.
O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), em parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), Sebrae e Invest MT, lidera a participação do estado, destacando a qualidade, a sustentabilidade e o potencial de Mato Grosso no mercado internacional de carnes.
Na Bolívia, o destaque é a ExpoCruz, realizada em Santa Cruz de la Sierra, o maior evento multissetorial da América Latina. A feira funciona como uma plataforma estratégica para empresas que buscam acesso a mercados internacionais, além de permitir promoção institucional e fortalecimento de redes comerciais em toda a região latino-americana.
Para a Bolívia, Mato Grosso já exportou, em 2025, 47 toneladas de carnes desossadas de bovinos e 287 toneladas de outros sebos bovinos, gerando uma receita superior a US$ 582 mil.
“A participação do Instituto Mato-grossense da Carne na ExpoCruz é estratégica para ampliar a presença da nossa carne em mercados internacionais. A Bolívia tem se mostrado um parceiro comercial cada vez mais relevante e estar presente em uma das maiores feiras multissetoriais da América Latina fortalece a imagem de Mato Grosso como referência em qualidade, sustentabilidade e segurança alimentar”, afirma Henrique Prado Olvido de Miranda, diretor administrativo-financeiro do Imac.
No Peru, a participação ocorre entre os dias 24 e 26 de setembro, na Expoalimentaria, em Santiago de Surco, considerada a feira mais importante de alimentos e bebidas da América Latina. O evento funciona como um palco de negócios e ponto de encontro para os principais operadores da distribuição, do varejo, do setor horeca (hospitalidade, alimentação fora do lar e serviços de catering), além de canais especializados nos mercados nacional e internacional.
Para o mercado peruano, 10 indústrias frigoríficas de Mato Grosso estão habilitadas, tendo exportado 140 toneladas de miudezas bovinas neste ano, gerando uma receita de US$ 257,4 mil.
“A participação na Expoalimentaria é uma oportunidade estratégica para o setor, diante de um mercado competitivo e consolidado pelo Brasil. Trata-se de uma oportunidade para reforçarmos junto ao consumidor e à indústria local que nosso sistema de produção é referência em atributos socioambientais, com grande capacidade de abastecimento e qualidade superior. Nossa carne reúne diferenciais que atendem aos mais exigentes padrões internacionais, destacando-se pela maciez, sabor intenso e suculência”, ressalta Henrique Miranda.
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