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‘Férias escolares são épocas mais propicias para afogamento’, alerta bombeiro

Devido às altas temperaturas, muitas famílias escolhem ir para o rio para se refrescar e se divertir. Porém, alguns cuidados devem ser tomados para que um dia de lazer não se transforme em tragédia.

Na última semana, 3 pessoas morreram afogadas no rio Arinos, sendo dois em Juara e uma criança em um balneário. Pensando a reportagem  conversou com um Major BM Henrique, do 1º Batalhão de Bombeiro Militar, para explicar os cuidados que devem ser tomados ao tomar banho de rio e quais os procedimentos recomendáveis para melhor agir nessas situações.

Ele explica que em todas as épocas do ano é necessário tomar cuidado com os rios, seja aqueles que possuem fortes correntezas ou não, ou até mesmo água turva. Mas confirma que as épocas de férias escolares são quando os acidentes ocorrem com mais frequência.

“Épocas de férias escolares e naqueles períodos de longa estiagem, onde o calor é mais intenso, tendem a acontecer esses tipos de acidentes. Os períodos de muita chuva também acontecem afogamentos, já que a chuva potencializa as fortes correntezas”.

Durante as férias escolares e os passeios em família, é orientado que os pais tenham cuidado redobrado com as crianças, delimitando os espaços que ela possa brincar e estar sempre atento para que ela não se afaste.

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“É recomendado que as crianças estejam sempre acompanhadas de um adulto que não esteja ingerindo bebidas alcoólicas, e a área de banho dela deve estar sempre delimitada de forma que a criança não consiga sair daquele ambiente por conta própria”, explica.

Para evitar acidentes, é recomendado que as pessoas sempre usem colete salva-vidas quando forem entrar em alguma embarcação, e não entrem em rios em que a água é profunda, ou possui forte correnteza.

Um ponto da baixada cuiabana em que é mais comum os casos de afogamento, é na Passagem da Conceição, onde as pessoas costumam ir para passar o dia, e acabam ingerindo bebida alcoólica e indo para o lado mais fundo.

“Todos os rios tem seus riscos, nos temos alguns lugares mapeados que acontecem mais esse tipo de ocorrência. Durante todo o ano, são registrados casos de afogamento na Passagem da Conceição, e isso ocorre não devido à água, mas devido ao homem que entra no local sem os devidos cuidados”, conta.

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E em situações de afogamento, o major explica que não se deve entrar na água para resgatar outras pessoas, já que esta ação pode causar um segundo afogamento.

“A gente orienta que ao avistar alguém se afogando, a pessoa não tome a decisão precipitada de entrar na água para tentar fazer o salvamento. Porque na maioria das vezes ela se torna uma segunda vítima. Então a orientação é para procurar um algo flutuante, como uma caixa de isopor, uma boia, uma bola, um colete salva-vidas ou até mesmo uma corda e jogar na água para que a pessoa consiga sair sozinha”.

Após os procedimentos acima, é orientado que se acione o Corpo de Bombeiros para que essa pessoa possa ser retirada da água em segurança, a fim de evitar novos acidentes.

Ana Júlia Santos – GD

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Máquinas ao chão: a silenciosa resistência dos jornalistas à ditadura

Câmeras no chão e os olhares ficaram fixos à cena. Um gesto de ousadia feito há mais de 40 anos por um grupo de fotógrafos no pé da rampa do Palácio do Planalto entrou para a história da cobertura política durante a ditadura no Brasil. Neste domingo (7), Dia do Jornalista, episódios de resistência como esse, conhecido como “Máquinas ao chão”, costumam ser lembrados.

O dia 24 de janeiro de 1984, pouco menos de 20 anos depois do golpe de 1964 e na reta final do regime ditatorial, ficou conhecido porque os profissionais da imagem se negaram a fotografar o então presidente João Figueiredo. O gesto ocorreu após uma sequência de atritos entre o general e os fotojornalistas.

 

“Sorrio quando quiser”

O repórter fotográfico Sérgio Marques, com 25 anos de idade na época, relembra que entre os problemas estavam as reclamações diárias dos profissionais a respeito do tratamento do presidente Figueiredo para com eles. Em um dos conflitos anteriores, o presidente recebeu o deputado federal Paulo Maluf, futuro candidato à presidência.

“O Maluf visitou o presidente Figueiredo e, quando nós da imprensa entramos, ele olhou para o presidente e sugeriu um sorriso. O presidente olhou para ele e disse: ‘estou na minha casa. Sorrio quando quiser’”, recorda.

Em outro episódio, no mês de dezembro de 1983, Figueiredo havia sofrido um acidente de cavalo, se machucou e estava com o braço engessado. Mesmo assim, colocou paletó. O fotógrafo Wilson Pedrosa, então no Correio Braziliense, registrou o presidente na hora em que ele foi coçar o rosto. O episódio elevou a tensão entre os profissionais e o general.

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Essa tensão se agravou quando os profissionais de imagem, únicos que entravam no gabinete para registrar as reuniões do presidente, relataram o teor de um encontro aos repórteres de texto, cuja entrada era proibida. A partir de então, Figueiredo passou a impedir o acesso dos fotógrafos ao seu gabinete.

“Imagine você trabalhar todos os dias no Palácio do Planalto para cobrir as audiências e não ter acesso ao gabinete. Nós começamos a reclamar com a assessoria, mas não adiantou”, recorda Sérgio Marques. Até que, na tarde do dia 24 de janeiro de 1984, uma terça-feira, diante de tantas limitações, os fotógrafos credenciados resolveram colocar as câmeras no chão assim que o presidente desceu a rampa.

Marques explica que depois daquele dia não foi advertido ou ouviu comentários do presidente Figueiredo. Os fotógrafos voltaram a ser chamados para eventos. Em um deles, o general falou para os profissionais deixarem as máquinas e servirem-se em um coquetel. O fotógrafo recorda que concordou e deixou a câmera no chão. “Ele me olhou. Coloquei sobre a mesa. Aí ele deu um sorriso e falou, ‘eu não gostei daquele dia’”, lembra-se.

 

Filme

O episódio de ousadia foi registrado no documentário “A Culpa é da foto”, de André Dusek, Eraldo Peres e Joédson Alves, lançado em 2015. “Foi o único protesto que teve de jornalistas credenciados do Palácio do Planalto contra um ditador”, ressalta Alves, que foi responsável pela pesquisa para o filme.

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O documentário, de aproximadamente 15 minutos de duração, está disponível no YouTube.

O diretor entende que esse acontecimento se tornou um símbolo para os jornalistas brasileiros e não poderia cair no esquecimento. Em 1984, Joédson, que hoje é da equipe da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), nem sonhava trabalhar com fotografia. Afinal, tinha apenas 13 anos de idade. No entanto, assim que se tornou profissional, com mais de 20 anos, soube da história dos veteranos.

Dentre os profissionais que participaram do episódio, estavam Moreira Mariz (Folha de São Paulo), Cláudio Alves (Jornal de Brasília), Sérgio Marques (Revista Veja), Júlio Fernandes (Jornal de Brasília), Francisco Gualberto (Correio Braziliense), Beth Cruz (Agência Ágil), Élder Miranda (Rede Globo), Antonio Dorgivan (Jornal do Brasil), Adão Nascimento (Estado de São Paulo), Célson Franco (Correio Braziliense), Carlos Zarur (EBN), Sérgio Borges (Estado de São Paulo) e Vicente Fonseca (Rede Globo).

Para o fotojornalista Joédson Alves, diretor do filme, foi um ato de bravura. “Muito emocionante. É algo para ter como referência para minha profissão. Eu tenho um respeito muito grande por todos eles. Já tivemos situações muito graves [ao longo dos anos] contra a impresa e nunca houve nenhum tipo de ação ou movimento para fazer algum protesto”.

Fonte: JB News

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