É Direito
Gilmar afirma que dois desembargadores investigados não mancha imagens da magistratura no Brasil
O ministro considerou que, dos 18 mil juízes do Brasil, ter dois afastados em MT não é uma incidência significativa
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes evitou fazer comentários sobre o caso dos desembargadores afastados João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho, que estão sendo monitorados por tornozeleira eletrônica, no âmbito da Operação Sisamnes, que investiga um esquema de venda de sentenças no Judiciário mato-grossense.
“Eu não vou responder sobre isso, esse é um tema delicado num momento em que nós ainda não temos um juízo definitivo, estamos ainda na fase de investigação. Vamos aguardar esses desdobramentos”, disse Gilmar Mendes durante um evento de lançamento dos 100 primeiros quilômetros da BR-163, em Diamantino (182 km de Cuiabá), sua cidade natal, na manhã desta sexta-feira (20).
Questionado se o caso pode manchar a categoria dos juízes, Gilmar Mendes afirmou que, considerando que no Brasil há cerca de 18 mil magistrados, ter dois desembargadores afastados pelo esquema de venda de decisões em Mato Grosso não é significativo. “Nós temos no Brasil 18 mil juízes. Então se formos olhar os índices, as incidências, elas não são tão significativas.”
“O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi criado a partir de 2006 para fazer o controle, chamado controle externo ou interno, da magistratura e ele também tem afastado muitos juízes, ele também é um ‘muro das lamentações’ dos jurisdicionados. As pessoas se dirigem para lá e trazem as suas reclamações e ele faz esse controle e tem decretado a aposentadoria de juízes, tem determinado o afastamento ou suspensão. Isso é um processo normal no contexto muito amplo”, observou Gilmar Mendes.
Venda de Sentenças
João Ferreira e Sebastião de Moraes foram afastados das atividades como desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) em agosto deste ano, por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Na ocasião, o ministro Luis Felipe Salomão, então corregedor nacional de Justiça, instaurou reclamações disciplinares contra os dois magistrados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referente aos últimos cinco anos.
No dia 26 de novembro, a Polícia Federal deflagrou a primeira fase da Operação Sisamnes, que cumpriu mandados de busca e apreensão na casa dos desembargadores e submeteu ambos à medida cautelar de monitoramento por tornozeleira eletrônica.
Nesta sexta, a Polícia Federal deflagrou a segunda fase da mesma operação, desta vez, para investigar o crime de lavagem de dinheiro decorrente do esquema de venda de decisões judiciais, relevado a partir da primeira fase da operação.
Por determinação do STF, foram cumpridos mandados de busca e apreensão, afastamento das funções públicas de servidores do Poder Judiciário, proibição de contato e saída do país, recolhimento de passaportes, além do bloqueio de R$ 1,8 milhão dos investigados e o sequestro dos imóveis adquiridos por um magistrado.


É Direito
Conselheiro valida leilão do Governo e põe fim à disputa por fazenda milhonaria de Diamantino
O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antônio Joaquim, julgou improcedente e mandou arquivar representação que questionava leilão realizado pela empresa pública Mato Grosso Participações (MT-Par) sobre uma fazenda com 2.401,8445 hectares no município de Diamantino, a 200 km de Cuiabá. O imóvel foi alvo de disputa judicial e foi arrematada por R$ 175.915.192,77.
A decisão foi proferida na última terça-feira (15.04).
O leiloeiro oficial, Kleiber Leite Pereira, ingressou com Representação de Natureza Externa com pedido de tutela provisória de urgência, apontando supostas irregularidades e ilegalidades no edital do leilão extrajudicial 001/2024/MT-PAR, cujo objeto foi a venda de imóveis rurais de propriedade da empresa pública.
O leilão em questão teve origem no processo em trâmite na 1ª Vara Cível de Diamantino, bem como no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no qual famílias proprietárias das Fazendas Torpedo, São Jorge I e II, contestam a decisão judicial que transferiu suas terras, por liminar, à MT-Par. As famílias também alegam irregularidades no TAC, que levou as terras a leilão.
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